Golpes bancários em 2025: como identificar as novas fraudes e proteger seus direitos – Boulanger Advogados

RESUMO DO POST:

O artigo apresenta os principais golpes bancários em alta em 2025, incluindo falsas centrais telefônicas, links maliciosos e clonagem de chip. Explica como identificar os sinais, agir rapidamente após o golpe e buscar responsabilização jurídica por meio do Código de Defesa do Consumidor. Inclui orientações práticas para proteger-se e recuperar valores perdidos judicialmente.

Introdução

A sofisticação dos crimes digitais aumentou consideravelmente em 2025. De acordo com levantamento da CNN Brasil, fraudes bancárias envolvendo links maliciosos e falsas centrais telefônicas cresceram mais de 40% somente no primeiro semestre do ano. E o que isso significa para o consumidor?

Significa que o golpe está cada vez mais difícil de identificar e os prejuízos, cada vez maiores. Técnicas de engenharia social, manipulação psicológica, roubo de dados pessoais e clonagem de dispositivos se tornaram ferramentas frequentes para criminosos digitais.

Neste artigo, você vai entender:

  • Quais são os principais golpes bancários em alta em 2025
  • Como identificar sinais de fraude
  • O que fazer ao cair em um golpe
  • E como buscar a responsabilização jurídica dos envolvidos

Golpes bancários mais comuns em 2025

Falsa Central Telefônica

Esse golpe ocorre quando a vítima liga para um número supostamente oficial do banco e é atendida por uma falsa central, com musiquinha de espera, atendentes treinados e até confirmação de dados “de segurança”.

Após ganhar a confiança da vítima, os golpistas induzem o fornecimento de senhas, tokens ou autorizações para movimentar a conta.

Links falsos com identidade visual de bancos

Links enviados por SMS, WhatsApp ou e-mail, muitas vezes com aparência idêntica ao site oficial do banco.
O consumidor é induzido a clicar, acessar um ambiente fraudulento e inserir seus dados bancários, que são imediatamente capturados.

Clonagem de chip e roubo de WhatsApp

Com dados básicos como nome completo, CPF e operadora, criminosos conseguem duplicar o chip da vítima. Depois, acessam o WhatsApp com o código de autenticação e aplicam golpes se passando pela pessoa inclusive pedindo transferências aos contatos próximos.

Golpe do falso reembolso ou estorno

Os criminosos simulam uma transação com valor alto no cartão da vítima e ligam dizendo que vão “cancelar o débito”.
Para isso, solicitam dados sensíveis, como número do cartão e código de segurança e usam essas informações para realizar compras reais.

Como identificar e evitar cair nesses golpes?

Aqui vão alguns sinais de alerta prático:

  • Links com domínios estranhos (ex: “banco-seguro.suporte.net”)
  • Pedidos urgentes por mensagem de texto
  • Ligações solicitando confirmação de senha ou código recebido por SMS
  • Mensagens dizendo “trocamos de número” e pedindo PIX

Fui vítima de golpe. E agora?

Se você percebeu que caiu em um golpe bancário, reagir rápido é fundamental para mitigar os danos. Veja o passo a passo:

  • Registre um boletim de ocorrência imediatamente.
  • É essencial para iniciar qualquer medida jurídica e bloquear novas tentativas.
  • Entre em contato com o banco ou instituição financeira.
  • Solicite o bloqueio de valores, cartões e acesso remoto.
  • Reúna provas:
  • Prints das mensagens, áudios, e-mails, número da conta para onde o dinheiro foi enviado, comprovantes de transferência etc.
  • Consulte um advogado especializado.
  • Ele pode ingressar com uma ação judicial para reaver os valores perdidos e responsabilizar a instituição financeira caso haja falha na prestação do serviço (ex: ausência de dupla autenticação, negligência com segurança, omissão no suporte).

Responsabilidade do banco: quando é possível pedir indenização?

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, os bancos são responsáveis objetivamente pela segurança do serviço que oferecem.
Isso significa que a vítima não precisa provar culpa do banco, apenas o dano e o nexo com a falha na segurança.

Casos frequentes com condenações:


• Falta de barreiras de segurança para login
• Ausência de confirmação dupla em movimentações atípicas
• Demora injustificada no atendimento e bloqueio

Além do ressarcimento financeiro, também é possível pedir indenização por dano moral, caso o golpe cause transtornos significativos.

Conclusão

Golpes bancários evoluíram, mas a lei continua protegendo o consumidor.
A internet e os serviços digitais são parte da nossa rotina, e com isso, a atenção deve ser redobrada.
Caiu em golpe? Não fique parado. Ação rápida, prova bem documentada e apoio jurídico fazem toda a diferença para reverter o prejuízo.

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